Considerações sobre a segunda vinda de Cristo

1. Os 40 dias e noites de chuva no dilúvio: No livro de Gênesis 7.17, é relatado que choveu durante 40 dias e 40 noites durante o grande dilúvio, que foi um evento de purificação e renovação da Terra.
2. Os 40 dias de Moisés no Monte Sinai: Moisés passou 40 dias e 40 noites no Monte Sinai enquanto recebia os Dez Mandamentos de Deus, como descrito em Êxodo 24 e 34.
3. Os 40 anos de peregrinação no deserto: Os israelitas vagaram no deserto por 40 anos como punição por sua incredulidade, antes de entrarem na Terra Prometida, como narrado em Números e Deuteronômio. (os quarenta dias para espiar a terra = Nm 13.25).
4. Elias: Após uma ameaça de morte da rainha Jezabel, Elias fugiu para o deserto e jejuou por 40 dias antes de encontrar Deus no monte Horebe, como relatado em 1 Reis 19. Durante esse tempo, ele passou por uma jornada espiritual significativa.
5. Os 40 dias de Jesus no deserto: Antes de iniciar seu ministério público, Jesus jejuou e orou no deserto por 40 dias e foi tentado por Satanás, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.
6. Os 40 dias após a ressurreição de Jesus: Jesus permaneceu na Terra por 40 dias após sua ressurreição antes de ascender ao céu (Atos 1.3). Esse período pode ser visto como um tempo de preparação e ensino para seus discípulos.

Em todos esses casos, o número 40 simboliza um período de provação, preparação e transformação espiritual. É um tema recorrente na Bíblia que enfatiza a importância desses momentos de transição na história religiosa. Neste caso específico foi o tempo da preparação dos discípulos para ser finalizado o ministério de Jesus e a transição para o ministério ou a era do Espírito Santo. Aqueles 40 dias foram signficativos na presença de Jesus.

Cordeiro e Leão

A comparação entre Jesus sendo identificado como o “Cordeiro” em sua primeira vinda e o “Leão” em sua segunda vinda é uma interpretação simbólica importante nas escrituras e destaca aspectos diferentes de sua missão e papel em cada uma dessas ocasiões:

1. Primeira Vinda – O Cordeiro:
   • Sacrifício e Redenção: Na primeira vinda de Jesus, Ele foi frequentemente associado ao “Cordeiro de Deus” que tira o pecado do mundo. Essa identificação aponta para seu papel central como o sacrifício perfeito que veio para redimir a humanidade do pecado e da separação de Deus.
   • Humildade e Mansidão: O cordeiro é um animal conhecido por sua natureza dócil e mansa. Da mesma forma, na primeira vinda, Jesus veio humildemente, nascido em um estábulo, associando-se à humanidade em sua fragilidade e simplicidade.
   • Ensinamento e Amor: Durante sua primeira vinda, Jesus enfatizou o ensinamento do amor, do perdão e da graça. Ele demonstrou essas virtudes por meio de suas ações e ensinamentos, mostrando o caminho da reconciliação com Deus.
2. Segunda Vinda – O Leão:
   • Majestade e Autoridade: Na segunda vinda, a imagem do “Leão da Tribo de Judá” destaca a majestade e autoridade de Jesus. Ele retornará com poder e soberania para estabelecer seu reinado eterno.
   • Julgamento e Justiça: O leão é frequentemente associado à força e ao julgamento. Na segunda vinda, Jesus será o juiz justo que julgará vivos e mortos, estabelecendo a justiça final e recompensando os fiéis.
   • Vitória Sobre o Mal: O leão simboliza a vitória sobre o mal e a conquista de todos os inimigos de Deus. Na segunda vinda, Jesus triunfará sobre Satanás e todos os poderes do mal, restaurando a ordem divina.

Em resumo, a primeira vinda de Jesus como o “Cordeiro” enfatizou sua missão de sacrifício, redenção, humildade e ensinamentos de amor. Na segunda vinda como o “Leão,” enfatiza-se sua majestade, autoridade, julgamento, justiça e vitória sobre o mal. Ambas as identidades são complementares, representando diferentes aspectos da missão salvadora de Cristo na história da humanidade e no cumprimento das profecias bíblicas.

A promessa da volta

A promessa da volta de Jesus, conforme anunciada pelos anjos após sua ascensão, tem um significado profundo e relevante para os cristãos hoje. Aqui estão algumas das implicações e significados dessa promessa:

1. Esperança e consolo: A promessa da volta de Jesus oferece aos cristãos uma esperança profunda e um consolo em tempos de dificuldade e incerteza. Saber que Jesus voltará um dia traz a certeza de que Deus está no controle e que Ele cumprirá suas promessas.
2. Julgamento e justiça: A volta de Jesus também é associada ao julgamento final, onde Ele julgará vivos e mortos. Isso representa a crença de que a justiça final será estabelecida, e todos serão responsabilizados por suas ações. Para os que crêem, isso é motivo de alegria, mas também de responsabilidade.
3. Renovação da criação: A volta de Jesus está ligada à ideia da renovação da criação. Os cristãos acreditam que, quando Jesus retornar, haverá uma restauração completa do mundo, onde haverá paz, justiça e harmonia. Essa crença inspira os cristãos a trabalharem para a promoção desses valores na Terra.
4. Preparação espiritual: A promessa da volta de Jesus incentiva os cristãos a manterem uma vida de fé e retidão. A ideia de que Jesus pode retornar a qualquer momento serve como um estímulo para viver de acordo com os princípios cristãos e estar pronto espiritualmente.
5. Evangelismo e missão: A expectativa da volta de Jesus motiva os cristãos a compartilharem sua fé e a mensagem do evangelho com os outros. Eles acreditam que a salvação oferecida por Jesus é para todos, e desejam que mais pessoas conheçam essa mensagem antes de sua volta.

Em resumo, a promessa da volta de Jesus é central para a fé cristã e tem implicações profundas em relação à esperança, justiça, responsabilidade, renovação e missão. Ela serve como uma âncora para a fé e a prática cristãs, orientando a vida dos crentes e lembrando-os do propósito eterno de Deus.

Como se preparar para a volta de Cristo?

Os cristãos de hoje precisam estar atentos e preparados para a volta de Jesus de várias maneiras. Aqui estão algumas considerações importantes:

1. Crescimento espiritual: Os cristãos devem cultivar um relacionamento pessoal com Deus por meio da oração, estudo da Bíblia e participação regular em comunidades de fé. O crescimento espiritual ajuda a fortalecer a fé e a preparar o coração para a volta de Jesus. ao mesmo tempo, é importante estudar profundamente as Escrituras para compreender as profecias relacionadas à segunda vinda de Jesus. Isso ajuda os cristãos a interpretar os sinais dos tempos e a estar mais preparados espiritualmente.
2. Vigilância e prontidão: Jesus ensinou a importância da vigilância em relação à sua segunda vinda. Isso significa estar sempre preparado espiritualmente, viver de acordo com os princípios cristãos e não se deixar levar pelas distrações do mundo. (Mateus 25.13).
3. Amor e serviço: Os cristãos são chamados a amar e servir os outros. A volta de Jesus enfatiza a importância de cuidar dos necessitados, promover a justiça e compartilhar o evangelho com aqueles que ainda não o conhecem. Fazer parte de uma comunidade de fé sólida é fundamental. A comunhão com outros cristãos oferece apoio espiritual, oportunidades de aprendizado e crescimento e uma rede de apoio em tempos de necessidade.
4. Testemunho e evangelismo: Os cristãos devem ser testemunhas ativas da mensagem de Jesus. Isso envolve compartilhar sua fé com os outros e viver de maneira que atraia pessoas para Cristo. A promessa da volta de Jesus deve ser uma fonte de esperança e encorajamento. Mesmo em tempos difíceis, os cristãos podem confiar que Deus está no controle e que a vitória final está garantida.

Em resumo, os cristãos de hoje devem viver suas vidas com a expectativa da volta de Jesus, permanecendo vigilantes, crescendo espiritualmente, servindo os outros e compartilhando o amor de Cristo. Estar preparado envolve viver uma vida de fé e ação, refletindo os ensinamentos e o amor de Jesus Cristo em todas as áreas de suas vidas.